O que é ser doula por Lia Gloria do blog Lia no mundo da lua.
1º)O quê é preciso
para ser uma doula e o quê basicamente ela faz?
Lia Gloria:
Para ser doula precisamos estar disponíveis para nos doarmos. Falo de disponibilidade de entrega. Pois precisamos estabelecer vínculo de confiança com a gestante.
Há muitos cursos para formação de doulas no Brasil. Por enquanto a doula faz parte do rol brasileiro de ocupações. Portanto, não é uma classe, uma categoria ou algo assim. Penso que por ser uma ocupação, nem precise realmente ser formada em curso específico. Mas precisam-se observar preceitos básicos da atuação de uma doula.
A doula deve acompanhar a gestante desde antes do parto, com encontros periódicos com a gestante e/ou casal para entrosamento e para discutir assuntos inerentes ao trabalho de parto, parto e puerpério. Durante este período, repassa muitas fontes de informação, indicação de leituras e vídeos, possibilitando que o casal possa fazer suas escolhas informadas e embasadas cientificamente.
A doula dispõe de recursos não farmacológicos para alívio da dor, durante o TP (exercícios físico e respiratórios, digito pressão, acupressão etc), apoio emocional e encorajamento nos momentos de insegurança. Acabamos doulando às vezes, o marido, os avós, tias, e quem mais estiverem precisando de apoio nesse momento, tirando dúvidas, acalmando e construindo um ambiente facilitador e harmônico.
Após o parto, no período puerperal, a doula auxilia com a amamentação e continua dando apoio emocional à parturiente e/ou ao casal.
Para ser doula precisamos estar disponíveis para nos doarmos. Falo de disponibilidade de entrega. Pois precisamos estabelecer vínculo de confiança com a gestante.
Há muitos cursos para formação de doulas no Brasil. Por enquanto a doula faz parte do rol brasileiro de ocupações. Portanto, não é uma classe, uma categoria ou algo assim. Penso que por ser uma ocupação, nem precise realmente ser formada em curso específico. Mas precisam-se observar preceitos básicos da atuação de uma doula.
A doula deve acompanhar a gestante desde antes do parto, com encontros periódicos com a gestante e/ou casal para entrosamento e para discutir assuntos inerentes ao trabalho de parto, parto e puerpério. Durante este período, repassa muitas fontes de informação, indicação de leituras e vídeos, possibilitando que o casal possa fazer suas escolhas informadas e embasadas cientificamente.
A doula dispõe de recursos não farmacológicos para alívio da dor, durante o TP (exercícios físico e respiratórios, digito pressão, acupressão etc), apoio emocional e encorajamento nos momentos de insegurança. Acabamos doulando às vezes, o marido, os avós, tias, e quem mais estiverem precisando de apoio nesse momento, tirando dúvidas, acalmando e construindo um ambiente facilitador e harmônico.
Após o parto, no período puerperal, a doula auxilia com a amamentação e continua dando apoio emocional à parturiente e/ou ao casal.
2º)Como tudo começou,o
que te moveu para essa função tão especial e pouca conhecida e reconhecida por
parte de alguns médicos obstetras como sendo um conforto para as futuras mães?
Lia Gloria:
Eu defendo o parto normal há muitos anos. Tive meus 3 filhos de parto normal: um rapaz de 25, um adolescente de 15, e uma menina de 11. Sempre soube que a via vaginal era a melhor via de nascimento, tanto para o bebê quanto para a mãe. Eu só não sabia que para parir, eu não precisava passar por tantas intervenções desnecessárias como passei, e nem por tanta grosseria e descaso por parte dos profissionais de saúde que atendem mulheres em TP.
Quando descobri isso através de um workshop sobre humanização do parto e nascimento, aqui na minha cidade, me senti invadida, agredida, e chocada. O que eu via com naturalidade, não era nada natural. Fui me aprofundando no tema, e depois do lançamento do filme O Renascimento do Parto, decidi tornar-me Doula.
Fui a São Paulo e participei de 3 cursos que se complementam para dar início à ocupação: Formação de Doulas, Formação de Doulas Pós-parto, e Consultoria em Aleitamento Materno.
Eu defendo o parto normal há muitos anos. Tive meus 3 filhos de parto normal: um rapaz de 25, um adolescente de 15, e uma menina de 11. Sempre soube que a via vaginal era a melhor via de nascimento, tanto para o bebê quanto para a mãe. Eu só não sabia que para parir, eu não precisava passar por tantas intervenções desnecessárias como passei, e nem por tanta grosseria e descaso por parte dos profissionais de saúde que atendem mulheres em TP.
Quando descobri isso através de um workshop sobre humanização do parto e nascimento, aqui na minha cidade, me senti invadida, agredida, e chocada. O que eu via com naturalidade, não era nada natural. Fui me aprofundando no tema, e depois do lançamento do filme O Renascimento do Parto, decidi tornar-me Doula.
Fui a São Paulo e participei de 3 cursos que se complementam para dar início à ocupação: Formação de Doulas, Formação de Doulas Pós-parto, e Consultoria em Aleitamento Materno.
3º)Quando foi que você
atendeu sua primeira futura mamãe,pode nos contar os detalhes?
Lia Gloria:
Meu primeiro atendimento foi num hospital público onde sou voluntária até hoje.
Uma experiência genuína e inesquecível porque me vi naquela gestante. Eu segurava a mão dela, e me via no passado, por ocasião do meu primeiro parto, quando eu queria o apoio de alguém, e não tive ninguém ao meu lado, eu estava só, sem mãe, nem pai, nem marido, e numa sala com mais duas mulheres como eu, com dor e sem um pingo de respeito. Pois as enfermeiras que estavam na sala, pouco se importavam se precisávamos de apoio. Eu pedi que uma delas segurasse a minha mão, e elas faziam ouvido de mercador. Eu falei que não estava mais aguentando, e uma delas respondeu que não doía tanto assim, pois que ela já havia tido 4 e sabia que não doía tanto.
Então, quando acompanhei a primeira gestante, eu sabia que o que ela mais precisava era de apoio emocional, carinho e de uma mão amiga pra ela segurar.
Depois dessa primeira experiência, voltei para casa tão revigorada e me sentindo recompensada. Era como se eu tivesse resgatado o meu primeiro parto. Daí a doula nasceu legitimamente em mim.
Meu primeiro atendimento foi num hospital público onde sou voluntária até hoje.
Uma experiência genuína e inesquecível porque me vi naquela gestante. Eu segurava a mão dela, e me via no passado, por ocasião do meu primeiro parto, quando eu queria o apoio de alguém, e não tive ninguém ao meu lado, eu estava só, sem mãe, nem pai, nem marido, e numa sala com mais duas mulheres como eu, com dor e sem um pingo de respeito. Pois as enfermeiras que estavam na sala, pouco se importavam se precisávamos de apoio. Eu pedi que uma delas segurasse a minha mão, e elas faziam ouvido de mercador. Eu falei que não estava mais aguentando, e uma delas respondeu que não doía tanto assim, pois que ela já havia tido 4 e sabia que não doía tanto.
Então, quando acompanhei a primeira gestante, eu sabia que o que ela mais precisava era de apoio emocional, carinho e de uma mão amiga pra ela segurar.
Depois dessa primeira experiência, voltei para casa tão revigorada e me sentindo recompensada. Era como se eu tivesse resgatado o meu primeiro parto. Daí a doula nasceu legitimamente em mim.
4º)E sobre o parto domiciliar,qual seu ponto de vista?
Lia Gloria:
Já acompanhei parto domiciliar. A experiência é completamente diferente de um evento hospitalar. A gestante por estar no seu ambiente íntimo sente-se mais segura e protegida. A dinâmica é outra, flui com mais tranquilidade. No parto domiciliar ela pode ter a companhia de quem ela quiser. O parto pode ocorrer no ambiente da casa aonde ela sentir-se mais à vontade. Pode ser no quarto, numa piscina, ao ar livre, no banheiro. Ela também tem mais liberdade para comer, se isolar, enfim, pode adequar o ambiente às suas necessidades primitivas para parir, que é a proposta do parto humanizado, liberdade de escolha.
A equipe do PD (parto domiciliar) acompanha o processo, sem necessariamente permanecer no mesmo ambiente. Mas estão preparados com todo o material de primeiros socorros, caso necessário. São eles que fazem auscultas e medem pressão durante todo o processo. Doula não executa procedimentos médicos.
O parto domiciliar precisa ser planejado contemplando um plano B, que significa uma provável transferência em caso de distócias . E na maioria das transferências, o parto finaliza no hospital, mas ainda de modo natural. O hospital mais próximo deve estar um raio de 20 minutos da casa.
Famosas que fizeram o parto domiciliar :Pamela Anderson,Gisele Bündchen(com assistência de doula),Demi Moore,Andréa Santa Rosa,Mayim Bialik, Joely Fisher, Meryl Streep, Alyson Hannigan, Ricki Lake,Alanis Morissete(com assistência de doula),Cindy Crawford,Jennifer Connely ,Lisa BonetJá acompanhei parto domiciliar. A experiência é completamente diferente de um evento hospitalar. A gestante por estar no seu ambiente íntimo sente-se mais segura e protegida. A dinâmica é outra, flui com mais tranquilidade. No parto domiciliar ela pode ter a companhia de quem ela quiser. O parto pode ocorrer no ambiente da casa aonde ela sentir-se mais à vontade. Pode ser no quarto, numa piscina, ao ar livre, no banheiro. Ela também tem mais liberdade para comer, se isolar, enfim, pode adequar o ambiente às suas necessidades primitivas para parir, que é a proposta do parto humanizado, liberdade de escolha.
A equipe do PD (parto domiciliar) acompanha o processo, sem necessariamente permanecer no mesmo ambiente. Mas estão preparados com todo o material de primeiros socorros, caso necessário. São eles que fazem auscultas e medem pressão durante todo o processo. Doula não executa procedimentos médicos.
O parto domiciliar precisa ser planejado contemplando um plano B, que significa uma provável transferência em caso de distócias . E na maioria das transferências, o parto finaliza no hospital, mas ainda de modo natural. O hospital mais próximo deve estar um raio de 20 minutos da casa.
Para saber mais:
Distócias são dificuldades encontradas na evolução de um trabalho de parto, tornando uma função difícil, impossível ou perigosa para a mãe e para o feto.
Os benefícios de uma Doula.
60% menos pedidos de anestesia
50% menos cesáreas
40% menos ocitocina sintética
40% menos partos por fórceps
30% menos pedidos de alívio de dor
25% menos de duração do trabalho de parto
Sites:
http://www.doulas.com.br/
http://doulando.blogspot.com.br/
http://www.doulas.com.br/
http://doulando.blogspot.com.br/
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